De acordo com dados do Speedtest.net, site para teste de velocidade de
internet mais usado do mundo, o efeito da pandemia do
coronavírus, que forçou dezenas de países e decretarem quarentena, pode ser bastante impactante no fornecimento do serviço em vários países. O número de pessoas que estão em casa e acessando a internet ao mesmo tempo pode ser o maior já registrado na história.
Estados Unidos
Em regiões metropolitanas de vários países, incluindo os Estados Unidos, o governo local decretou o fechamento de praticamente todo tipo de estabelecimento, com exceção de farmácias, supermercados, clínicas e hospitais.
Em paralelo, várias empresas liberaram os funcionários para trabalharem de casa, além das várias instituições de ensino que estão aderindo ao ensino a distância. Somado a isso, outros cidadãos estão impedidos de sair de casa, então passarão a consumir mais conteúdo de mídia via streaming e a se comunicar essencialmente por meio da internet.
Diante do risco de uma instabilidade no fornecimento da internet, o Speedtest passou a monitorar várias regiões dos EUA e já observou a queda na velocidade de download da internet fixa na terceira semana de março, assim como uma variação na velocidade e na latência da conexão móvel.
Em algumas cidades onde a velocidade de download móvel subiu, a latência também aumentou, o que comprova o crescimento da demanda.
China e Itália
O aumento da demanda, com a consequente diminuição da velocidade da internet, foi identificado na China na segunda metade de janeiro, mês em que a crise estava mais forte no país. Na Itália, o fenômeno tem ocorrido desde o fim de fevereiro, acompanhado de maior latência nas conexões.
Brasil
No Brasil, a crise relacionada à quarentena ainda está no início, segundo especialistas, mas pode durar meses. No exterior, o tráfego via redes IP subiu 40%, e o consumo de dados móveis cresceu 25%.
À medida que a demanda sobe, a tendência é que a velocidade da conexão caia e a latência aumente. Nesse sentido, não adianta oferecer pacotes com franquias ou velocidades maiores para o público se a infraestrutura não se adequar à demanda e ao número de pessoas acessando ao mesmo tempo.