Nossa cidade recebeu o nome de Jaçanã do político Theodorico Bezerra, que "batizou" várias várias cidades da região do Trairy. dentre elas estão as que receberam nomes de aves exóticas ou pouco conhecidas pelos moradores das localidades: Jaçanã, Tangará e Japi. Tangará eu desconheço; Japi, o que tenho mais aproximado é o xexéu de bananeira, que no Norte do país é conhecido por Japin. Será que essas aves existiam nessas cidades ou foi coisa aleatória do Major, que tinha grande amor pelas aves. No caso de Jaçanã, existe uma corrente que defende a tese que essa ave era comum nas lagoas da região.
Conheço essas lagoas desde 1949 e posso garantir que elas não existiam aqui. O motivo é simples. É uma espécie de ave que só habita lagoas com vegetação aquática, que só se formam em locais perenes. As lagoas daqui, na década de 50, quando a cidade foi "batizada", eram temporárias, dois a três meses após o período chuvoso, estavam secas, impedindo o crescimento de tal vegetação. Tomei muito banho nas lagoas dos Fortunatos, dos Pinheiros, dos Abdias, de Boca da Mata e da Salamandra nessa época e nunca vi uma jaçanã. Se esse ponto de vista está certo, hoje Jaçanã poderia se chamar Tangará, Japi e vice-versa. As fotos que ilustram essa matéria consegui num açudeco que tenho no meu sítio em João Câmara e se vê elas caminhando sobre a cobertura vegetal. A jaçanã é praticamente só cartilagem, tornando-se muito leves, o que permite o caminhar tranquilo.
Conheço essas lagoas desde 1949 e posso garantir que elas não existiam aqui. O motivo é simples. É uma espécie de ave que só habita lagoas com vegetação aquática, que só se formam em locais perenes. As lagoas daqui, na década de 50, quando a cidade foi "batizada", eram temporárias, dois a três meses após o período chuvoso, estavam secas, impedindo o crescimento de tal vegetação. Tomei muito banho nas lagoas dos Fortunatos, dos Pinheiros, dos Abdias, de Boca da Mata e da Salamandra nessa época e nunca vi uma jaçanã. Se esse ponto de vista está certo, hoje Jaçanã poderia se chamar Tangará, Japi e vice-versa. As fotos que ilustram essa matéria consegui num açudeco que tenho no meu sítio em João Câmara e se vê elas caminhando sobre a cobertura vegetal. A jaçanã é praticamente só cartilagem, tornando-se muito leves, o que permite o caminhar tranquilo.
Coluna do José Nivaldo