Lembro-me deste fatídico dia como se fosse hoje eu que tinha nessa época treze anos acompanhei de muito perto tudo aquilo com muita apreensão e temor todo o desenrolar dessa tragédia que deixou marcado pra sempre em nossa história de vida, teve alguns heróis que com suas ações evitaram uma tragédia muito maior, por exemplo, a telefonista de campo Redondo, Monsenhor Raimundo, o locutor da radio Cabugí que eu não lembro o nome agora que ficava toda hora alertando para o perigo que se avizinhava. Pra mim se essa enchente fosse durante o dia tínhamos perdido muitas vitimas devido a curiosidade da população, o que sabemos é que perdemos um rapaz que estava noivo na época e tentando salvar alguns objetos inclusive para o seu casamento quando um poste que ficava muito próximo ao leito do rio veio a cair e gerando uma descarga elétrica e levando este cidadão de nome Armando Palhares de Lima a óbito, ele ainda foi socorrido pelo meu saudoso tio Ibánez mais infelizmente não sobreviveu ele morava na rua Padre Antônio Rafael inclusive seu caminhão basculante nunca foi encontrado sumiu para sempre, outra vitima fatal foi uma senhorinha que tinha o apelido de Maria Preta e que era moradora de uma das casinhas do meu avô que ficava por traz da parede da barragem próximo a ponte e que alguns populares lutaram para retirar ela daquele lugar e por teimosia ela não saiu e até hoje o corpo nunca foi encontrado. Em relação a perdas materiais o meu avô foi o que arcou com os maiores prejuízos chegando a perder quase 60 imóveis, documentos, mais de cinco mil sacos de carvão, silos de feijão e milho e outros bens de valia estimada e quando foram reparar os danos o que lhe foi oferecido foi oferecido apenas uma casa que ele nunca aceitou e com razão, tenho muitas mais coisas a relatar mais ficará para uma próxima oportunidade.
Via Blog do Wallace
Mazinho ACS
mazinho.saude@yahoo.com.br
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