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Itaú-RN é o primeiro município do Estado a decretar o lockdown

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Um decreto determinou o bloqueio total no município de Itaú, no Oeste potiguar, com restrição do trânsito e circulação de pessoas. A medida foi adotada pela prefeitura como forma de conter o avanço do novo coronavírus na cidade e vale a partir desta terça-feira (12). No último sábado (9), 11 pessoas testaram positivo para a doença. O lockdown, conforme definiu o prefeito Ciro Bezerra (DEM), segue inicialmente até o dia 31 de maio. Este é o primeiro caso no Rio Grande do Norte.

De acordo com a município, quem descumprir a medida será mandado para casa, mas poderá ser multado ou detido caso volte a desobedecer as ordens dos fiscais e policiais do município. Já pacientes confirmados para a doença poderão ser levados coercitivamente para internamento compulsório no hospital da cidade, se não atenderem ao isolamento.

"É um lockdown, porque a gente fechou a cidade. Fechamos todos os bairros. Cada um ficou com apenas uma entrada e saída, que está com uma equipe de fiscalização. Nossa cidade é cortada pela BR-405. Quem estiver passando pela rodovia não vai ser interrompido, mas se for entrar na cidade, vai ter que justificar, dizer o que está indo fazer", afirmou o prefeito.


De acordo com o gestor, a medida foi necessária porque até a última sexta-feira (8), a cidade não contava com nenhum caso suspeito da doença. Entretanto, uma pessoa que mora no município vizinho, Taboleiro Grande, ligou para informar que testou positivo para a doença e que teve contato com moradores de Itaú.

De um total de 30 pessoas mapeadas, 11 testaram positivo para a doença no último sábado (9). Todas estavam com sintomas leves, mas a situação preocupou o município que tem uma população de cerca de 5,8 mil pessoas, conforme o IBGE. Outras 88 pessoas que tiveram contatos com os casos confirmados também estão em monitoramento.


"Temos uma população pequena e isso preocupou muito, porque nós usamos os mesmos estabelecimentos comuns, os mesmos mercados, e temos muitas pessoas com problemas crônicos de saúde e doenças respiratórias. É uma medida dura e sempre há quem não concorda, mas a população está consciente e preocupada. Hoje a cidade deserta. Se todos obedecerem, aos poucos poderemos ir flexibilizando", disse.

A preocupação é ainda maior porque o município não conta com leito de UTI, nem respirador para atender pacientes graves e, de acordo com a prefeitura, a rede de atendimento nas cidades-pólo da região já está em situação difícil.

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